Críticos apontam que a voz do Brasil no grupo perde força com a inclusão de novos países, indicando que o país ‘cedeu’ a liderança dos emergentes à China. Histórico mostra, entretanto, que a presença do país no Brics já foi muito questionada, e o Brasil foi o país do grupo que menos ampliou seu status
Inclusão de mais seis países no grupo de nações emergentes cria uma série de questões sobre o futuro do bloco. Para embaixador, a indicação de que o Brics+ pode ser um contraponto aos EUA e à UE pode colocar o Brasil num cenário delicado
Reunião dos países emergentes e decisão de incluir mais seis países no grupo teve ampla cobertura na imprensa estrangeira, aumentando a visibilidade internacional do Brasil, especialmente na China
Cúpula dos países emergentes aceitou a ampliação do grupo com a entrada de Argentina, Etiópia, Irã, Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos. Para cientista político, os princípios que orientam o grupo têm quatro valores fundamentais: desenvolvimento mútuo, multilateralismo, reforma da governança global e solidariedade
Decisão de aumentar o número de países no bloco reflete interesses da China e da Rússia e pode levar a uma guinada antiamericana. Para embaixador, em termos geopolíticos, ampliação do bloco representa um fortalecimento da aliança entre os emergentes, mas a inclusão de regimes autoritários promete aumentar a resistência a temas progressistas
Analogia com jogo de tabuleiro permite ver a importância da atuação conjunta de nações que são percebidas como menos influentes no mundo. Ao contrário de grupos de status elevado como o Conselho de Segurança da ONU, aumentar o número de países no bloco que representa o Sul Global tem o potencial de ampliar a voz do grupo na política internacional
Relação do país com o continente é uma das mais fortes do ponto de vista histórico, cultural e comercial. Para especialista, é preciso avaliar oportunidades e desenvolver plano para futuros empreendimentos conjuntos brasileiros na África
Guerra na Ucrânia criou uma fratura entre EUA-UE-Otan versus Rússia-China e abriu espaço para o Sul Global reeditar o modelo do não-alinhamento vigente na Guerra Fria. Para embaixador, postura do Brasil tem dupla desvantagem pela ambiguidade entre votações na ONU e declarações presidenciais e pelo distanciamento em relação aos países com perfil próximo ao seu que evitam escolher um lado no conflito
O grupo idealiza a criação de uma moeda comum visando diminuir sua dependência ao dólar. Para professora, há ainda muitos obstáculos a serem ultrapassados, apesar de a iniciativa já representar um possível início de uma nova ordem econômica
Com agenda intensa na política externa, presidente já visitou 12 países, recebeu líderes estrangeiros e retomou uma postura proativa nas relações internacionais, que deve se manter forte no segundo semestre. Para embaixador, o retorno do Brasil ao cenário multilateral foi alcançado, com prioridade a temas sobre meio ambiente e mudança de clima