Governo Lula diz ter a América do Sul como prioridade na política externa, mas está a reboque dos acontecimentos na região e teve sua liderança suplantada pela Colômbia na negociação por eleições limpas e paz política na Venezuela
Depois de trabalhar para construir uma liderança na América do Sul durante os governos de FHC e Lula, o Brasil desistiu de guiar e representar os vizinhos. Pesquisa aponta que crise econômica e cenário global pesaram, mas que escolhas dos presidentes foram determinantes para mudança
Perspectiva de novos tempos na região com a onda de governos de centro-esquerda esbarra em série de crises econômicas e políticas domésticas nos principais países sul-americanos. Para professora de relações internacionais, a retomada do ativismo na região depende de superação de desafios domésticos, garantindo a essas lideranças a capacidade de governar com estabilidade política
Com trajetórias políticas distintas, os dois países passaram por paradoxo de viverem processos semelhantes apesar de terem governos de esquerda e de extrema-direita. Para embaixador, democracias em processo de consolidação são muito mais frágeis do que supunham seus analistas, e populismos de diferentes colorações ideológicas são igualmente nocivos à democracia
Primeiro ciclo de negociação entre o governo colombiano e a última guerrilha ativa na região marcou a retomada do diálogo e a real possibilidade de um término do conflito. Para pesquisadores, mesmo que exista vontade política, a ausência de concertação sobre determinados tópicos centrais à agenda negociadora (como o cessar-fogo) podem obstaculizar os diálogos de paz, tornando o processo pouco transparente e legítimo