Os EUA estão se reorientando para um confronto de longo prazo na região da Ásia-Pacífico e tentando retirar o Irã do contexto geoeconômico construído pela China e pela Rússia através da rota Transcaspiana, disse o historiador e pesquisador de conflitos armados e de geopolítica Rodolfo Queiroz Laterza
Embora o foco esteja nas duas maiores economias do mundo, os efeitos indiretos desse pacto devem ser sentidos em países como o Brasil, que ocupa papel ambivalente na geoeconomia global: potência agrícola, mas dependente de insumos externos para tecnologias avançadas e energias limpas
Jornal francês Le Monde publicou uma entrevista exclusiva com o presidente, que tratou de acordos comerciais e das contradições entre a proteção da Amazônia e a exploração de petróleo no norte do país
O Pacto Verde Europeu e novas regras ambientais da UE impõem desafios às exportações brasileiras e às negociações do Acordo Mercosul-UE. Entre pressões por padrões sustentáveis, tensões diplomáticas e contradições internas, o Brasil busca equilibrar defesa de sua soberania regulatória com a necessidade de preservar credibilidade ambiental e garantir acesso ao mercado europeu.
Estagnado nos últimos anos, bloco se vê diante da possibilidade de um importante acordo com a UE, que tem o potencial de dar um novo alento aos países sul-americanos, impulsionando negócios e ampliando a sua inserção internacional
Em meio à atração econômica da “Nova Rota da Seda” da China e a pressão política dos EUA contra a influência de Pequim na América Latina, resta ao Brasil uma terceira via: a do “pragmatismo responsável”, do chanceler Azeredo da Silveira, a política altiva e independente que o Itamaraty adotou nos momentos mais difíceis do nosso período militar: são os nossos interesses soberanos que indicarão o melhor caminho
Com as novas regras, passa a ser regulada a entrada de sete produtos de base (carne bovina, café, cacau, soja, madeira, óleo de palma e borracha) e seus derivados. Para alcançar tais metas, o EUDR impõe deveres a operadores e comerciantes (com exceções para micro, pequenas e médias empresas), que fazem chegar esses produtos ao mercado europeu
Especialista em patologias aviárias analisa a estratégia brasileira para combater o H5N1 e impedir sua disseminação no país
Com a volta de Trump e seu viés protecionista, negociar com os EUA exige mais do que pragmatismo: requer conhecimento das regras da OMC e cautela diante de acordos frágeis, sem mecanismos confiáveis. Renegociações tarifárias fora das normas multilaterais são arriscadas e, para países como Argentina e Brasil, podem representar retrocessos estratégicos no comércio internacional
A atuação será estruturada em três eixos: políticas de fomento à exportação, estratégias de negociações comerciais bilaterais e multilaterais, e infraestrutura logística para exportações e integração sul-americana