Em seus primeiros meses no poder, Claudia Sheinbaum desenvolve um projeto nacional de médio e longo prazos, apesar das dificuldades internas com a violência, a questão da imigração e as ameaças de Trump. Chegou a hora o Brasil negociar um amplo acordo comercial com o país
Acordo prevê retirada de militares e libertação de reféns
País enfrenta o desafio de se posicionar em um cenário o modelo westfaliano dos Estados nacionais está cedendo espaço para um mundo muito mais complexo, onde as relações entre Estados se constroem seguindo padrões e interesses multipolares e não mais “nacionais”
Viagem reforça laços históricos e culturais entre as duas nações
Projeto do novo governo dos EUA apresenta uma perspectiva ultraliberal, excetuando-se o protecionismo comercial, e destacam os supostos benefícios da desregulação econômica e financeira como motores do crescimento
Após denúncias de fraude nas eleições e ampla contestação internacional, presidente venezuelano deve assumir um novo mandato em meio a um clima tenso e de grande repressão contra a oposição, criando um ambiente de incerteza para o país
Trump e Irã são duas forças imprevisíveis, mas a atual fragilidade militar iraniana deve ampliar o espaço para diplomacia. Assim, o trade off entre “pressão máxima” e negociação poderá ser substituído por uma combinação de ambas
Romper completamente os laços com a Venezuela seria pouco vantajoso. Manter relações funcionais e bases sólidas, ainda que menos acolhedoras do que no início do terceiro mandato de Lula, parece ser o caminho mais sensato para o governo brasileiro nesse contexto
Um corte diagonal sobre o caráter nacional pode ser a pista para se desvendar os traços psicológicos do brasileiro que escolhe seus mandatários
Posses de Maduro e Trump vão colocar a situação do país no centro das atenções, gerando pressão também sobre o Brasil, que não reconhece a vitória do venezuelano e tem tido dificuldades em atuar em favor dos exilados na embaixada da Argentina