Qualquer que seja o resultado da eleição, não é difícil prever a possibilidade de instabilidade política pela crescente polarização da sociedade e a divisão do país. A disfuncionalidade do sistema partidário brasileiro, a desorganização do Estado e a incerteza quanto ao lugar do Brasil no mundo, entre outros fatores, agravam os riscos e as ameaças às instituições que até aqui se mostraram solidas e funcionando
Rússia ameaça usar armas nucleares na guerra contra a Ucrânia e aumenta o risco de um conflito mais amplo e generalizado; enquanto isso, o Brasil às vésperas da eleição presidencial continua sem um posicionamento claro sobre as sombrias perspectivas internacionais
Campanhas de candidatos à Presidência começam a dar mais detalhes de planos para relações com o mundo; Lula indica volta do Brasil a um papel central no continente, mas pode afetar acordo com OCDE, enquanto Bolsonaro continua sem apontar caminho para diplomacia ambiental
Mundo assiste entre preocupado e atônito à escalada da crise entre Estados Unidos e China, que pode sair do controle e afetar todo o mundo de maneira dramática, enquanto os envolvidos procuram falar para seus públicos internos, com manifestações de força
Endurecimento da posição da China em relação a Taiwan e agravamento da crise política interna nos EUA com a ação de busca e apreensão na casa de Trump mostram cenário internacional conturbado; enquanto manifestações públicas da sociedade civil brasileira revelam a luta para desarmar ações que ponham em risco a estabilidade política do país