Enquanto o Ocidente se engalfinha em guerras e disputas “westfalianas” – onde os temas políticos e ideológicos definem e dominam a agenda – os chineses se aplicam em criar condições e espaços no que realmente importa: O futuro…
Por Armando Alvares Garcia Júnior* O início de 2025 marca uma encruzilhada nas relações internacionais. As decisões políticas das grandes potências, capitaneadas pelo retorno de Donald Trump à Casa Branca e pelo avanço de lideranças autoritárias em diversas regiōes, estão redefinindo os valores do multilateralismo e promovendo uma visão mais transacional do poder. Durante décadas, […]
A fragmentação da ordem internacional, agravada pelas tensões nos EUA e por conflitos como os da Ucrânia e Israel, abre espaço para que países emergentes assumam papeis mais ativos na construção de soluções multilaterais. No entanto, isso exige diplomacia estratégica e uma visão clara de longo prazo
País enfrenta o desafio de se posicionar em um cenário o modelo westfaliano dos Estados nacionais está cedendo espaço para um mundo muito mais complexo, onde as relações entre Estados se constroem seguindo padrões e interesses multipolares e não mais “nacionais”
Trump tomará posse com mais experiência nacional e internacional do que no primeiro mandato e, com um secretariado afinado com seu discurso e seus objetivos, ao contrário do que ocorreu em seu primeiro mandato. Quase todos os discursos e entrevistas prenunciavam confrontos com o atual status quo mundial
Com o objetivo de contrapor a atuação chinesa, o plano que inspira Trump defende a urgência de revitalizar, adaptar e aumentar seu arsenal nuclear e expandir investimentos em defesa antimíssil, argumentando que a necessidade de modernização e de expansão desses setores é efeito da exposição estadunidense ante um possível cenário de coerção nuclear e de ameaças de mísseis por parte de Rússia e China
Volta de Trump ao poder voltou a alimentar comparações entre o futuro dos EUA e a decadência do Império Romano, o que leva a dois caminhos para contornar o impasse econômico e político gerado pelo esgotamento do liberalismo excludente: respostas globais e reações isolacionistas. Somente uma governança global que expresse a multipolaridade dos poderes de facto é capaz de mobilizar meios financeiros para conter os movimentos entrópicos em curso
Organização da cúpula das economias mais importantes do mundo mostrou uma reputação positiva do país, como um ator importante das relações internacionais, mas atentado em Brasília manchou a imagem da nação no resto do mundo
Quem representará os Estados Unidos na reunião será o presidente que está de saída, Joe Biden. Isso, por si só, já seria um fator de enfraquecimento, porque os Estados Unidos, a partir de janeiro, estarão sob a direção de um outro presidente que não representará a principal potência do mundo
Lucratividade do comércio de cocaína torna mercado cada vez mais global, e ameaças ligadas à tomada de poder pelo narcotráfico avançam. Além do Equador, países como Holanda e Alemanha lidam com os riscos de grupos organizados com amplos recursos e capacidade de corrupção