O Comitê para a Proteção dos Jornalistas, que compila esses dados, acusa Israel de “se envolver no esforço mais mortal e deliberado para matar e silenciar jornalistas” que a organização sem fins lucrativos sediada nos EUA já viu
Reocupar Gaza pode parecer, para parte da liderança israelense, a solução mais direta para neutralizar ameaças imediatas. Mas, estrategicamente, corre o risco de se tornar um jogo de soma negativa: aprofundar a catástrofe humanitária, consolidar um ciclo de resistência e acelerar o isolamento diplomático
Em um cenário global marcado por guerras que se multiplicam desde 1946, cresce o debate sobre o que torna um conflito legítimo. A doutrina da “guerra justa” — que exige autoridade legítima, causa justa, intenção reta, proporcionalidade e uso como último recurso — se choca com a realpolitik, que privilegia segurança e poder. Assim, líderes justificam guerras enquanto civis pagam o preço.
Apesar dos sinais de abertura com a posse do presidente reformista Pezeshkian e do esforço brasileiro por uma aproximação diplomática, o Irã segue preso a tensões internas, sabotagens externas e ameaças crescentes, num cenário que põe em risco qualquer chance de cooperação e estabilidade na região
Trégua no Oriente Médio não representa o fim da guerra, especialmente depois que todos os envolvidos declararam guerra, e vários cenários podem se desenvolver a partir de agora, levando a um possível rompimento do cessar-fogo em algum momento
Como se formam as opiniões na era da guerra ao vivo? A mídia corporativa, aliada do complexo político industrial militar, abre o teatro de operações comunicacional em que as narrativas transformam a guerra em espetáculo e mercadoria
No mundo de 2025 não cabem temas como a visão binária da realidade. Uma percebida confrontação civilizacional Leste/Oeste não resiste à globalização econômica que amalgama a emergência de uma globalização civilizacional, contrariamente aos valores e preconceitos que alguns líderes mundiais anacronicamente perseveram em insistir
Os EUA estão se reorientando para um confronto de longo prazo na região da Ásia-Pacífico e tentando retirar o Irã do contexto geoeconômico construído pela China e pela Rússia através da rota Transcaspiana, disse o historiador e pesquisador de conflitos armados e de geopolítica Rodolfo Queiroz Laterza
O Irã nunca esteve tão fraco como agora. E quando Trump disse que poderia levar duas semanas para decidir se bombardearia o Irã, os israelenses provavelmente o pressionaram a agir mais rapidamente.
Governo vê com grave preocupação escalada militar no Oriente Médio