A guerra na Ucrânia mostrou que o não-alinhamento continua a ser uma escolha popular, apesar dos apelos pelo apoio a outra democracia sob ataque. Essa política tem sido um elemento importante da identidade política de países como a Índia, o Brasil e a África do Sul. Para economista, incentivos econômicos e políticos específicos que são influentes quando os países decidem não condenar a Rússia
Cobertura da política externa de Lula na mídia nacional tem adotado um tom crítico influenciado por uma visão baseada em interesses estrangeiros, especialmente dos EUA. Para professor de jornalismo, a postura de imprensa conflui para uma negação da existência do Brasil, o que acaba por reforçar a primazia do establishment
Visitas de Lula aos EUA e à China, bem como declarações sobre a guerra, mostram que o país está voltando a reforçar sua tradicional busca por autonomia e equidistância, sem se comprometer com nenhum lado em disputas geopolíticas. Em um contexto de crescente polarização e pressão por alinhamentos, posição pode acarretar riscos de insatisfação generalizada com o país
Presidente brasileiro tem sido criticado por salientar o compartilhamento da culpa –e da responsabilidade– entre os dois países vizinhos na guerra. Para embaixador, nas relações internacionais nada é preto ou branco absoluto e, apesar de o conflito ocorrer longe da realidade brasileira, pode haver sentido em ver influência da aproximação entre Ucrânia e Otan na tragédia que ocorre na Europa
Enquanto o mundo passa por uma mudança no posicionamento de vários países, a região é a que menos cresce e menos se conecta com os setores dinâmicos da economia global e não consegue montar blocos fortes. Para embaixador, o Brasil tem excesso de poder em meio ambiente, mudança de clima, segurança alimentar e energia renovável, e poderia usar isso para liderar a América do Sul, influindo no realinhamento global
Desde que o novo governo chegou ao poder, uma em cada cinco menções ao país no exterior era favorável a sua imagem –índice que não foi melhor por causa da projeção negativa dos ataques de 8 de janeiro. Brasil tem oportunidade de melhorar seu prestígio no mundo, mas tem o desafio de superar problemas domésticos e ampliar a projeção no exterior
Convidado para participar da Cúpula dos BRICS, tribunal diz que Putin deveria ser preso ao chegar ao país, mas medida afetaria as importantes relações entre Rússia e países africanos. Governo de Pretória pretende equilibrar cuidadosamente suas obrigações com o TPI, responsabilidades domésticas e suas relações historicamente amistosas com a Rússia
Uma a cada cinco menções ao país na semana tratou do retorno do ex-presidente ao país. Abordagem da mídia estrangeira foi variada, com cobertura factual, avaliações sobre os processos a que Bolsonaro deve responder na Justiça e a situação da democracia brasileira
Governo diz que retomar relações com o mundo é prioridade, estudos mostram que o país caiu pelo menos sete posições em ranking de prestígio internacional, mas reabilitar a percepção é um trabalho difícil, que exige uma contribuição ativa para realmente melhorar o mundo e a vida das pessoas em outros países. Brasil tem potencial para fazer isso com a sua luta pela proteção ambiental e contra o aquecimento global
A gastrodiplomacia é um meio eficaz de ganhar visibilidade em meios de comunicação, estabelecer laços de longo prazo com as sociedades estrangeiras e impactar positivamente a imagem nacional. Para diplomata, é um campo em que o Brasil tem muito a aportar e no qual poderá angariar influência compatível com seu peso na região e no mundo