Após anos de desprezo, a política industrial volta a ser discutida como opção pelo novo governo, mas debate corre risco de se tornar uma busca por um passado ilusório ou por um futuro impossível. Para economista, é preciso entender melhor as forças e fraquezas da indústria que tivemos
A história oficial no Brasil registra um equívoco sobre o início do relacionamento diplomático com os Estados Unidos, repetindo que os americanos foram os primeiros a reconhecer a independência brasileira. Segundo o embaixador Rubens Barbosa, que serviu em Washington, DC., as relações entre o Brasil e os EUA só ocorreram a partir de em 1825, e a Argentina foi a primeira a reconhecer a independência
Piada desenvolvida por ferramenta de inteligência artificial revela a percepção externa de que o país não tem relevância no tabuleiro da política internacional. Estudo sobre o status do Brasil mostra, entretanto, que o ‘peão’ pode ter relevância no xadrez global, e que a metáfora pode ajudar o país a construir estratégias para buscar a sua promoção a um ator de maior prestígio
Táticas populistas personalizam a autoridade sob o clichê de ‘poder para o povo’ e fazem com que os cidadãos percam de vista o que é importante enquanto discutem sobre o escândalo mais recente. De acordo com cientistas políticos, a raiva é um motivador primordial na política, e, em tempos de perigo, os mais vulneráveis depositam suas esperanças no líder autoritário com mensagens carregadas de emoção e promessas grandiosas
Primeiro ciclo de negociação entre o governo colombiano e a última guerrilha ativa na região marcou a retomada do diálogo e a real possibilidade de um término do conflito. Para pesquisadores, mesmo que exista vontade política, a ausência de concertação sobre determinados tópicos centrais à agenda negociadora (como o cessar-fogo) podem obstaculizar os diálogos de paz, tornando o processo pouco transparente e legítimo
Existe um consenso na academia de que a retórica da política externa brasileira entre 2019 e 2022 foi de extrema-direita, ultraconservadora e populista. Segundo professora de relações internacionais, estudos mostram que essa diplomacia foi marcada por uma retórica cujos elementos anti-globalistas e soberanistas religiosos diziam abertamente sacrificar interesses em prol de valores
Biden e Lula lideram países muito diferentes, mas enfrentam desafios violentos desde que foram eleitos, o que aproxima as batalhas que precisam travar. Para antropóloga, o presidente brasileiro entende o poder dos símbolos e está tentando mudar a forma como os brasileiros se sentem em relação à sua nação enquanto pede que a população abrace a diversidade e a democracia
O encontro entre os dois presidentes é cercado de forte simbolismo e busca acentuar as convergências nas áreas em que há uma clara prioridade política: da defesa da democracia, do Estado Constitucional de Direito e de defesa dos direitos humanos. Apesar de haver divergências sobre a guerra na Ucrânia e sobre a OMC, reunião deve focar os temas em que os dois países têm interesses semelhantes
Apesar do impacto negativo do ex-presidente na imagem do Brasil e na sua projeção internacional, a comparação entre ele e o novo governo pode gerar boa vontade entre potências ocidentais e ajudar o país a conseguir reconhecimento e um papel importante na política global. Para o pesquisador britânico Paul Beaumont, Bolsonaro pode até acabar gerando um saldo positivo para o prestígio do Brasil
O genocídio do povo yanomami talvez ensine ao governo e à sociedade que precisamos criar mecanismos melhores e inovadores de coordenação governamental para criar suporte da sociedade, se queremos reconstruir políticas públicas. Para professor de ciência política e relações internacionais, o significado de reconstrução nacional é ir além de padrões de gestão mofados e rígidos, baseados na desconfiança recíproca e planilhas com números