Religião e Poder: a Ascensão de um Projeto de “Nação Evangélica” no Brasil?

Guilherme Casarões 03 abril 2020

É possível falar em projeto de poder evangélico no Brasil? A combinação de três elementos – expansão demográfica de pessoas que se identificam com a fé evangélica (hoje representando, aproximadamente, um terço da população), crescente politização de temas sobre costumes e a ampliação de lideranças evangélicas com mandato eletivo – suscitou questionamentos sobre em que medida estaríamos diante de uma suposta “evangelização” da política nacional.

A Bancada Evangélica e o Brasil

Valdinei Ferreira 03 abril 2020

Adélio Bispo, homem que esfaqueou o então candidato Jair Bolsonaro, frequentava igrejas evangélicas. O presidente Jair Bolsonaro, que se declara católico romano, foi batizado no rio Jordão, em Israel, pelo pastor da Assembleia de Deus Everaldo Pereira. A presença do presidente em eventos promovidos por igrejas evangélicas, principalmente pentecostais e neopentecostais, foi prioridade no primeiro ano de seu governo, e tudo indica que continuará a sê-lo até o final do mandato. Os filhos do primeiro matrimônio do presidente e a sua atual esposa são ligados à Igreja Batista. Voltando ao período da última eleição presidencial, os concorrentes Marina Silva e Cabo Daciolo pertencem às fileiras evangélicas, tendo o último se destacado por levar uma Bíblia aos debates entre os candidatos e inserir em suas respostas bordões pentecostais.

A Falência do Estado brasileiro e a urgência de uma reforma administrativa

Viadutos caem, museus ardem, escolas públicas se deterioram, crianças e jovens não aprendem, hospitais e postos de saúde não conseguem atender à demanda da população, policiais morrem nas ruas sem condições de trabalho e uma burocracia processual e ultrapassada nos custa cada vez mais. Essa é a realidade de um país que tem uma máquina pública ineficiente, inchada, cara e que se retroalimenta em um processo de crescimento contínuo e disfuncional. O modelo operacional que rege o funcionamento do setor público no Brasil precisa ser revisto e reinventado. Enquanto não enfrentarmos essa discussão, redefinindo as bases sobre as quais se assentam as relações funcionais entre o Estado e seus servidores, continuaremos servindo mal o cidadão e reforçando a condição de desigualdade que caracteriza a sociedade brasileira.

A Miséria da Democracia na República dos Salteadores

José Neumanne 03 abril 2020

L’état c’est moi” (o Estado sou eu), dizia Luiz XIV, soberano absolutista de França. Quantos brasileiros, alguns dos quais falam francês por elitismo esnobe, podem dizer, como o rei, que eles são o Estado? Dizem que a escravatura foi abolida por obra e graça da mui pouco graciosa princesa Isabel dos Bourbons nos idos do penúltimo decênio do século XIX. Mas, um tipo novo de servidão foi instalado nesta República tropical sob as ordens de um estancieiro gaúcho, Getúlio Vargas, em nome da eficiência do serviço público. E o resultado está aí: enquanto o trabalhador comum trabalha como mouro e enfrenta o tal do serviço público, que dele só se serve, este reina absoluto com todos os direitos, prerrogativas e devidas mordomias. Por isso, é ocioso perguntar se o Brasil tem jeito. Tem não. As castas burocráticas estatais não deixam, não, de jeito e maneira.

A Relevância das Agências Reguladoras e a Criação de um Modelo Regulatório Eficiente

Cleveland Prates 03 abril 2020

A discussão sobre a atuação das agências reguladoras não é de hoje. Toda vez que aparece alguma decisão difícil a ser tomada, que envolve interesse de grupos distintos da sociedade, há sempre acusações sobre a inépcia desses órgãos ou de favorecimentos. Alguns mais críticos, inclusive, apontam problema no modelo regulatório setorial vigente ou questionam a própria existência das agências. Menos incomum ainda é assistirmos ataques direcionados por alguns políticos, inclusive presidentes da República, que normalmente o fazem com a intenção de ter a decisão regulatória em suas mãos.

Agências: Politização, Força do Mercado e Fragilidade do Consumidor

Ao completarem 24 anos de existência em 2020, as agências reguladoras brasileiras intensificam o uso de meios digitais – mais rápidos e mais baratos do que os convencionais – para que empresas e usuários de serviços públicos resolvam seus conflitos de consumo. Companhias que prestam serviços regulados, como energia e telecomunicações, recebem crescentes reclamações de consumidores. Os segmentos de telefonia, internet e TV por assinatura estão entre os mais criticados.

5G Revolucionará Indústria, Serviços e Agronegócio

Cláudia Trevisan 03 abril 2020

A revolução tecnológica provocada pelo 5G irá muito além de velocidades mais rápidas para assistirmos a séries na Netflix. A nova geração de telefonia móvel vai transformar a maneira como o mundo funciona, com a multiplicação exponencial da conexão entre dispositivos, robôs e máquinas, o uso de carros autônomos, a proliferação de cidades inteligentes e a banalização de experiências como realidade virtual.
Esse cenário não é algo abstrato que se materializará em um futuro incerto. Em 34 países do mundo, ele já é uma realidade, ainda que em estado incipiente. Na Coreia do Sul, quase 5 milhões de pessoas usam celulares conectados à quinta geração de telefonia móvel.

O Brasil e a Guerra Tecnológica EUA-China

Rubens Barbosa 03 abril 2020

Em 2020, o governo brasileiro deverá tomar decisão altamente estratégica com profunda repercussão na vida das pessoas e no setor produtivo. Na área tecnológica, colocará o país no caminho de interesses conflitantes dos EUA e da China. Refiro-me à licitação da rede 5G para todo o país e à participação da empresa chinesa Huawei, que dispõe de equipamentos de alta qualidade e de baixo custo, quando comparados com a Ericsson e a Nokia.

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