Reunião de presidentes sul-americanos realimenta a promessa de uma maior aproximação política e econômica entre países da região. Especialista analisa diferentes organizações de nações latino-americanas e avalia seus avanços e desafios
Série de encontros de chefes de Estado em diferentes partes do mundo e com vários enfoques mostram que as reuniões vivem momento de alta popularidade. Para embaixador, apesar de ter limitações, as cúpulas são uma ferramenta importante para a negociação entre Estados e servem para amortecer os choques entre o multilateralismo perfeito e puro jogo de poderes
Mais de um ano desde o início da guerra, negociações tiveram um alcance limitado por conta da recusa ucraniana em perder território e do impasse imposto por Putin. Para diplomata, mesmo que a paz pareça distante, é preciso se preparar para discutir o fim do conflito
Encontro que buscava integração da região terminou ofuscado por uma discussão ideológica divisiva e sem perspectiva de ampliar a articulação entre os países. Para embaixador, após destaque exagerado dado à Venezuela e ao apoio a Maduro, a ideia da união e da reconstrução na política externa ficou tão difícil quanto a união e a reconstrução no âmbito doméstico
Presidente turco venceu a eleição sem prometer mudanças políticas, mas crise econômica pode forçar uma aproximação com o Ocidente. Para professor de ciência política, escolha dos eleitores ditará o futuro do país de forma fundamental, tanto a nível interno como nas suas relações com os países ocidentais
Postura brasileira, antes vista como uma busca progressiva por uma política externa autônoma e assertiva, agora está sendo interpretada como divisiva, inapropriada ou mesmo uma traição. Para historiador, essa visão ignora o histórico internacional de Lula e do Brasil, pois os esforços diplomáticos do país se concentram há tempos na promoção do multilateralismo e na pressão pela resolução pacífica de conflitos
Com uma série de crises, América Latina de hoje reflete, em grande medida, transformações ocorridas três décadas atrás, com o chamado Consenso de Washington. Para embaixador, instabilidades podem fazer com que a oscilação do poder repita sua preferência pelos extremos
Cúpula expôs desafios que a ordem multilateral enfrenta e a dificuldade de formação de um consenso global em um planeta em acelerada transformação. Para embaixador, o que define a diplomacia brasileira são os interesses nacionais, e o Itamaraty acerta ao adotar uma postura neutra na crescente polarização atual
De volta à cúpula depois de 14 anos, Brasil reforçou sua postura de voltar a buscar protagonismo internacional. Para embaixador, entretanto, ataques do presidente ao grupo e seus interesses podem ter sido um erro e teriam outra abordagem, se o discurso tivesse sido feito na Casa de Rio Branco.
Postura dura do governo em defesa do jogador brasileiro ganhou tons políticos e foi chamada até de crise diplomática com a Espanha. Atitude é parte de uma guinada antirracista sob Lula e se enquadra no rompimento com o governo anterior e na tentativa de aumentar o prestígio do país no mundo