Histórico da política externa lulista distante de qualquer sinal de antissemitismo contrasta com declarações que comparam atual ação em Gaza ao Holocausto. Para professora, mudança de postura do presidente reflete pressões políticas do PT e evidenciam a necessidade de uma linguagem cuidadosa e diplomática
Últimos 30 anos revelam padrão de promessas, equívocos e poucos avanços na economia, na política e nas relações internacionais. Para embaixador, avaliar com realismo o lugar do Brasil no mundo é condição necessária para um política externa destinada à defesa do interesse nacional e não à busca de protagonismo internacional
Posição do governo de Israel sobre a guerra e acusações de genocídio é marcada pelo ‘groupthink’, que anula divergências e cria aparência de consenso. Para pesquisadora, a capacidade de reconhecer a complexidade da guerra pode pavimentar o caminho para uma paz mais duradoura
Consistente em suas críticas à guerra, presidente agora ataca o Estado e não o governo, o que prejudica a percepção externa sobre o Brasil. Para embaixador, o país tem de ter posição de independência e não de ideologização política
Comparação de guerra em Gaza ao Holocausto gerou polêmica, mas não foi um lapso e indica aposta do país em um novo cenário global multipolar em que o Brasil poderia assumir um papel de liderança. Escolha traz riscos, mas, indo além do paralelismo histórico controverso, avaliar se a movimentação está certa ou errada neste momento parece ligado mais à ideologia de quem julga
Apoio político à denúncia contra Israel inova e tem relevância para a discussão sobre o status internacional do país. Postura faz com que o Brasil deixe de lado a histórica neutralidade que afeta sua busca por prestígio e leva à declaração surpreendente de que o país não quer ser ‘mediador universal’
Guerra em Gaza ampliou o debate acerca do apoio à autodeterminação e à criação de um Estado soberano para o povo judeu. Para professora, ser de esquerda em Israel é como em qualquer lugar: implica apoiar direitos trabalhistas, igualdade étnica e de gênero, justiça social, estado de direito e participação política democrática para todos e também o apoio à existência de um Estado palestino coexistindo com Israel
Esforços diplomáticos estão fracassando, impotentes diante dos interesses políticos, econômicos e militares de um número crescente de países. Para embaixador, situação global de 2024 cria incertezas para a vida normal nos países afetados, desorganiza o tráfego marítimo e os mercados agrícolas e de energia
Após um ano violento no cenário global, o foco na Ucrânia e em Gaza deixaram outros países fora do radar de muitas pessoas. Porém, algumas nações estão lidando com uma agitação latente que pode entrar em erupção em 2024 e chamar a atenção do mundo
Após mais de sete décadas de tentativas frustradas, a solução de dois Estados parece ter chances maiores que o retrocesso político e a insurgência armada. Para diplomata, assim poderá desaparecer o carma histórico da guerra parteira da paz e semente de conflito futuro