A recente posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos marcou um retorno à agenda soberanista, caracterizada por críticas ao livre comércio, ceticismo em relação às organizações internacionais e valores conservadores.
Apesar de acordo para cessar-fogo e tentar dar fim ao conflito, novo governo americano mantém incertezas no Oriente Médio e continua havendo a perspectiva de uma escalada na guerra na região
A fragmentação da ordem internacional, agravada pelas tensões nos EUA e por conflitos como os da Ucrânia e Israel, abre espaço para que países emergentes assumam papeis mais ativos na construção de soluções multilaterais. No entanto, isso exige diplomacia estratégica e uma visão clara de longo prazo
Trump é um dirigente com indiscutível capacidade de avançar no equacionamento da questão palestina, mas nunca revelou interesse pelo tema nem pela solução de dois Estados – a única capaz de produzir uma paz duradoura entre palestinos e israelenses
Acordo prevê retirada de militares e libertação de reféns
País enfrenta o desafio de se posicionar em um cenário o modelo westfaliano dos Estados nacionais está cedendo espaço para um mundo muito mais complexo, onde as relações entre Estados se constroem seguindo padrões e interesses multipolares e não mais “nacionais”
José Eli da Veiga diz que, do ponto de vista da sustentabilidade, é difícil imaginar alguma coisa que seja mais contrária à ideia do que a guerra
Zuckerberg anunciou uma aliança com o governo ainda não empossado de Donald Trump numa cruzada imaginária contra a censura à liberdade de expressão dentro e fora dos EUA. Levando em consideração o que se sabe sobre a forma de agir digitalmente de Trump e Musk, seria melhor dizer uma cruzada em defesa da desinformação e do caos e polarização social causados em grande parte pela contaminação do debate público por desinformação, discursos de ódio e de extrema-direita
Trump tomará posse com mais experiência nacional e internacional do que no primeiro mandato e, com um secretariado afinado com seu discurso e seus objetivos, ao contrário do que ocorreu em seu primeiro mandato. Quase todos os discursos e entrevistas prenunciavam confrontos com o atual status quo mundial
Trump e Irã são duas forças imprevisíveis, mas a atual fragilidade militar iraniana deve ampliar o espaço para diplomacia. Assim, o trade off entre “pressão máxima” e negociação poderá ser substituído por uma combinação de ambas