Permitir que Putin pise em solo brasileiro sem ser detido significará mais do que descumprir um tratado. Representará a corrosão de uma das poucas instituições globais voltadas à justiça e à reparação, em um mundo que assiste, perplexo, ao retorno da guerra como instrumento de poder
Estratégia de guerra de atrito adotada pela Rússia contribuiu para que conflito se arraste sem vencedor aparente. Para Hector Saint-Pierre, Putin não deve abrir espaço para que demais nações europeias participem das negociações, e interesses mais amplos de russos e norte-americanos podem influenciar eventual acordo.
Estamos assistindo à cristalização de um novo cenário, de distanciamento dos europeus dos americanos, onde os poderosos acertam entre si o destino do planeta e o resto, inclusive os “ex-poderosos”, acompanham, se forem “sensatos”
EUA exclui Europa, isola Ucrânia e atende Moscou no 3º ano do conflito
Uma decisão de negociar a soberania dos ucranianos sem eles — assim como a tentativa descaradamente extorsiva do presidente dos EUA Donald Trump de reivindicar metade da rara riqueza mineral da Ucrânia como preço pelo apoio contínuo dos EUA — revela muito sobre como Trump vê a Ucrânia e a Europa.
Posse de Trump nos EUA altera o tom e o ritmo da discussão sobre o conflito na Ucrânia e precisa levar a uma discussão sobre a situação da segurança no continente após um acordo de paz
Ainda que estejamos em um momento de tensões crescentes na Guerra da Ucrânia e do confronto indireto entre Rússia e Otan, e que falas como as do ministro da Defesa da Suécia, no mês passado, sugiram que estes países estejam de fato se preparando para uma guerra “iminente e inexorável” com a Rússia, é preciso cautela na análise para evitar um alarmismo desnecessário e escapar do imediatismo das ações
No quadro político, diplomático, militar atual, a proposta de Zelensky é um non starter e tem um forte componente de política interna ucraniana.
Presidente russo e presidente do Banco do Brics reuniram-se em Kazan
Decisão de Putin de baixar o patamar a partir do qual o governo estará autorizado a utilizar armas nucleares contra seus inimigos representa uma escalada perigosa no já instável e inseguro cenário internacional