Rousseff Dilma

Um balanço das relações civico-militares no primeiro ano do governo Lula

Interesse Nacional 11 janeiro 2024

O interesse em democratizar as relações entre Estado, sociedade e Forças Armadas reside num esforço dos civis em reduzir a autonomia das Forças Armadas e, por isso, a problemática é como fazer os militares aceitarem essa redução de poder sem que se rebelem ou conspirem contra um governo que foi eleito de forma democrática

O presidente pode muito, mas não pode tudo

Interesse Nacional 04 janeiro 2024

Balanço do primeiro ano do governo do presidente Lula não pode omitir a complexidade da cena política no Brasil e no mundo nem ignorar o enorme desafio de recompor a harmonia entre os poderes, reduzindo a pressão fisiológica, recolocando a agenda nas mãos da política

Tempos incertos para a Política externa e o Itamaraty

Poucas vezes (se alguma) um governo teve início com sua política externa tão pouco delineada além de princípios ideológicos genéricos como ocorre com o de Jair Bolsonaro e seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Surpreendente sob todos os pontos de vista, a indicação para o mais alto posto do Itamaraty de um diplomata jovem (51 anos), que nunca havia exercido a função de chefe de missão em um país ou organização multilateral e que se tornou conhecido apenas durante a campanha presidencial pelo entusiasmo da adesão às causas do candidato vencedor, parece ter abalado a autoconfiança da Casa, que já vinha sendo solapada nos oito anos anteriores.

Brasil: oportunidades e riscos

O Brasil vive um momento delicado de sua política externa. Se for conduzida com lucidez e habilidade, ela pode representar um grande impulso rumo aos objetivos do país de desenvolvimento, prosperidade, estabilidade e prestígio internacional. Em contrapartida, se não houver clareza de objetivos e prudência, o potencial destrutivo no longo prazo de movimentos desastrados pode ser igualmente significativo. Os cenários regional e global estão repletos de oportunidades e riscos.

Condições, salvo engano, para uma frente democrática

Fernando Rugitsky 09 janeiro 2019

As dificuldades[1] para formar uma frente democrática no Brasil merecem reflexão. O tema circula entre nós desde os protestos de 2015 e 2016, quando ficou claro que a articulação pela derrubada de Dilma Rousseff tinha ganhado as ruas e que o seu sucesso implicaria problemas para o regime implantado sob a égide da Constituição de 1988. As massivas manifestações pró-impeachment faziam prever um desfecho perigoso para a maré montante do antilulismo.

O Brasil da transição civilizada (2003) à eleição polarizada (2018). O papel das instituições nos avanços e retrocesso

 O Brasil foi a economia com a segunda maior taxa de crescimento do PIB, no período 1900-1987. Mas, a partir do início da década de 1980 até 2016, a expansão econômica se situou entre as mais baixas do mundo. Também na política o padrão de avanço virtuoso e recuo vicioso é visível. Uma transição presidencial reconhecidamente civilizada no início do milênio criou as condições necessárias à passagem de uma era de estabilização e reformismo econômico (FHC) para um período de aprofundamento e ampliação de políticas sociais (Lula).

Choque cultural: um filósofo desembarca na corte

Maybury-Lewis meteu-se no Araguaia para estudar os Xavantes. Levi-Strauss, além dos índios, descreveu os intelectuais de São Paulo. Agora é a vez de um intelectual de São Paulo ir à Corte e perpetrar um livro com suas impressões.

As eleições longe dos fatos

Eugênio Bucci 10 outubro 2018

À medida que se aproximam as datas em que os brasileiros irão às urnas (no dia 7 de outubro, para o primeiro turno, e no dia 28 do mesmo mês, para o segundo), duas perguntas vêm atazanando os analistas, as autoridades, os candidatos e os eleitores.

Mudança de governo, Lava Jato 
e intervenção federal: 
alguns aspectos geopolíticos

Marcelo Zero 10 maio 2018

Nos últimos anos, o Brasil vem passando por transformações drásticas e súbitas. A deposição da presidente Dilma Rousseff, a profunda crise do sistema de representação propiciada, entre outros fatores, pela operação Lava Jato, a célere implantação de uma agenda economicamente conservadora e socialmente regressiva e, mais recentemente, a aberta militarização da segurança pública, que trouxe de volta as forças armadas ao cenário nacional, configuram quadro político radicalmente distinto daquele que havia predominado até 2014.

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