O papel dos militares na política é uma tensão permanente e não resolvida no Estado brasileiro. Para cientista político, o país precisa de reformas que fortaleçam o controle civil, pois a noção de que os militares brasileiros são um poder moderador está viva para grandes setores da população
Na reunião de Cúpula Estados Unidos-África, em Washington, governo americano procurou distanciar sua postura daquela das antigas potências colonizadoras e oferecer uma comparação com a presença chinesa no continente. Para embaixadora, governo Biden quer compensar o tempo perdido em ações de grande e ambiciosa escala e com o maior respeito
Volume de menções ao país na imprensa internacional foi quase quatro vezes maior do que a média registrada nos últimos meses, e três de cada quatro matérias sobre o país após a mobilização golpista tinha tom negativo, com potencial de piorar a imagem do país no exterior
Ataques a Brasília parecem ter enfraquecido os bolsonaristas, pelo menos temporariamente, mas descartar ou minimizar sua capacidade contínua de organizar outros eventos violentos no futuro seria não apenas errado, mas perigoso, argumenta professora de relações internacionais
Os acontecimentos de 8 de janeiro colocaram de maneira dramática a necessidade de enfrentar o desafio de tentar equacionar e superar de maneira transparente o problema da militarização da política e da politização das Forças Armadas
Mesmo após a saída de Bolsonaro do poder, a politização das forças de segurança continuará existindo. Para professor de relações internacionais, “desbolsonarizar” as forças de segurança não é a questão central, e o fundamental é desmilitarizar a cidadania brasileira.
A emergência do país está associada à estabilidade econômica e política. Após anos de piora da reputação internacional sob Bolsonaro, novo governo precisa superar a ameaça golpista para que o Brasil volte a construir um papel internacional importante.
Apesar das semelhanças com a invasão do capitólio, ataque em Brasília se diferencia da mobilização radical nos EUA. Para professor de relações internacionais, o balanço do que aconteceu no Brasil é positivo para a democracia pois não houve adesão militar à tentativa de golpe, o novo governo já começou a agir para coibir o bolsonarismo e o apoio internacional legitima a ação de Lula
A democracia é fundamental para o exercício de uma política externa bem-sucedida, mas desde 2016 vê-se o aprofundamento da erosão do controle civil sobre os militares no Brasil. Para professora de relações internacionais, é imperativo que o novo governo atente para este fenômeno em defesa da reputação brasileira no exterior e da qualidade de vida da população
Terrorismo não é um adjetivo, é uma classificação política. Para cientista política, mobilizar as palavras terrorismo e terrorista coloca em jogo mais do que a tipificação penal e faz perder de vista o que se combate: o golpismo de orientação fascista