Últimos 30 anos revelam padrão de promessas, equívocos e poucos avanços na economia, na política e nas relações internacionais. Para embaixador, avaliar com realismo o lugar do Brasil no mundo é condição necessária para um política externa destinada à defesa do interesse nacional e não à busca de protagonismo internacional
Artigo publicado pela revista Foreign Affairs aponta os erros e fracassos da política externa brasileira desde o início de 2023. Escrito pelo professor Matias Spektor, texto avalia que apesar dos problemas, o presidente ainda pode corrigir o rumo e avançar na busca por uma projeção maior do país
Sucesso nos primeiros mandatos do presidente, a tentativa de liderar a região tem sido um desafio para Lula por conta da mudança nos contextos da América do Sul. Para professor, a nostalgia da solidariedade de esquerda está colocando em risco o interesse nacional brasileiro
Guerra iniciada com ataque de Putin é a ameaça mais relevante para a segurança na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Nesta primeira de três partes de um artigo, diplomata analisa o impacto da agressão da Rússia sobre as relações internacionais – incluindo a situação do Brasil
Manifestações após a revelação sobre presença de diplomatas em reunião de teor golpista parecem endossar acusação de que envolvidos seriam antidemocráticos. Para embaixador, as notas foram inconvenientes e inoportunas porque colocam o Itamaraty no centro das discussões de uma grave questão política e contribui para aumentar as divisões internas e manchar o respeito que a instituição tem na sociedade brasileira.
A incompetência e a autoilusão certamente desempenharam um papel no fracasso do projeto autoritário, mas há mais camadas para explicar a sobrevivência democrática do Brasil, como a mobilização internacional e o fato de que o Supremo Tribunal Federal parecia estar sempre um passo à frente de Bolsonaro
Crise diplomática entre o Brasil e Israel pode reverter a boa vontade gerada internacionalmente pelo fim do governo de Jair Bolsonaro. Para embaixador, a declaração de Lula reflete personalismo, busca irresponsável de protagonismo e acentua os descaminhos de uma política externa com importante patrimônio de realizações
Consistente em suas críticas à guerra, presidente agora ataca o Estado e não o governo, o que prejudica a percepção externa sobre o Brasil. Para embaixador, o país tem de ter posição de independência e não de ideologização política
Comparação de guerra em Gaza ao Holocausto gerou polêmica, mas não foi um lapso e indica aposta do país em um novo cenário global multipolar em que o Brasil poderia assumir um papel de liderança. Escolha traz riscos, mas, indo além do paralelismo histórico controverso, avaliar se a movimentação está certa ou errada neste momento parece ligado mais à ideologia de quem julga
Após um primeiro ano de retomada da participação do Brasil na política internacional, 2024 começa marcado pela liderança do G20 como oportunidade para a busca de um protagonismo do país em questões globais. Para professora, o Brasil precisa equilibrar o hiperativismo e atuar para garantir que os esforços do grupo não acabem por promover incoerência ou fragmentação