A forma como diferentes governos israelenses tratam o direito internacional, sobretudo no que se refere à gestão de assuntos de segurança, revela um sistemático desdém às normas internacionais
Resposta do país à situação entre Israel e Palestina deve ser medida, cautelosa e estrategicamente pensada, mantendo a diplomacia ativa em vez de escolher o isolamento
Escalada retórica e dificuldade de negociações para a paz ampliam risco de confrontos em nível global. Tensão entre Rússia e Ucrânia (com apoio da Otan) tem evoluído, e troca de ameaças entre Israel e o Hezbollah torna situação volátil também no Oriente Médio, criando um cenário propício à preocupação internacional
A proposta para o fim gradual das hostilidades é de difícil aceitação pelos dois lados pelos inúmeros e importantes detalhes que terão de ser negociados antes da sua aceitação. De qualquer forma, a aparente pressão do governo Biden poderá ser um fator relevante para ambos os lados poderem encontrar alguma fórmula que permita avançar.
Documento assinado pelos dois países revela uma postura diplomática distante de uma política externa de Estado, pois os coloca claramente ao lado da Rússia. Defesa do interesse nacional aconselha a independência e a equidistância de blocos e alinhamentos automáticos
Brasil busca reafirmar sua identidade histórica como mediador e promotor da paz, e reposicionamento está inserido em um movimento maior de suporte concreto à causa palestina e repúdio às ações israelenses
Apesar de ser um gesto simbólico, reconhecimento tem efeitos práticos, na avaliação de especialistas em relações internacionais
Simon Mabon, professor de política internacional da Universidade de Lancaster, que passou muitos anos observando a dinâmica política do Oriente Médio, desvenda as prováveis ramificações desse último acontecimento.
Em um contexto tão politicamente carregado, é justo descrever esse esforço como um teste do compromisso da comunidade internacional com o objetivo de acabar com a impunidade dos crimes internacionais
Mudanças geopolíticas na região exigem otimismo cauteloso, pois podem carregar o potencial para mudanças significativas positivas, mas dependerá da sinceridade e eficácia dos esforços diplomáticos e da capacidade dos líderes regionais de priorizar a paz de longo prazo em detrimento de ganhos táticos de curto prazo