Críticas e Comentários

Desde a terça-feira, 12 de abril, quando a Folha de S. Paulo estampou em manchete a reportagem “Oposição deve desistir de buscar o ‘povão’, diz FHC”, aludindo ao artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso publicado na edição 13 (abril-junho) desta revista, o site da Interesse Nacional registrou dezenas de comentários de leitores, alguns dos quais reproduzimos nesta seção.

Atratividade do Brasil como Polo Internacional de Investimentos e Negócios

As principais regiões do mundo estão estruturadas em redes de negócios. Essas redes são formadas por quatro tipos de polos de acordo com seu escopo de atuação: globais, regionais, locais e especializados. América do Norte, Europa e Ásia concentram a maior parte da atividade econômica global e já se estruturam em redes de negócios articuladas com diversos tipos de polos. As regiões mais desenvolvidas estão passando por profundas crises e transformações que criam um novo entorno de desafios e oportunidades para a América Latina e para o Brasilsição se encontra doutrinariamente mais à esquerda, a segunda mais à direita. No entanto, Serra foi tido como o candidato da direita, e Dilma, a da esquerda.

As Perspectivas das Relações Brasil-EUA nos Próximos Dez Anos

Rubens Barbosa 01 julho 2011

Três desafios se colocam para o desenvolvimento das relações Brasil-eua na próxima década: como conectar os interesses reais dos dois países;
modificação das percepções sobre o Brasil nos eua e o que o País vai querer das relações com o seu parceiro do Norte. Tudo indica que a política externa brasileira será mais pragmática que a do governo anterior. Caso isso venha de fato a ocorrer, a identificação de reais perspectivas de cooperação em áreas de interesse do Brasil e dos
eua vai se apresentar como uma prioridade. É possível antecipar que o descolamento do Brasil
do resto da América Latina deverá acarretar a inclusão de nosso país em novas parcerias empresariais globais com os eua e com outros países dentro e fora da região, avalia o autor.

Um Olhar sobre o Futuro das Relações Brasil-China

Clodoaldo Hugueney 01 julho 2011

A recente visita da presidente Dilma Rousseff à China, por sua natureza e resultados, marcou a abertura de uma nova etapa nas relações bilaterais. Talvez seja a primeira vez que um presidente do Brasil escolha, para uma de suas primeiras viagens internacionais, a China. Esse gesto demonstrou a nova prioridade da China e da Ásia na diplomacia brasileira. O Brasil não tem por que ver com receio a ascensão chinesa, sustenta o autor, que escreve sobre a estratégia de longo prazo para a relação entre o Brasil e a China que começa a ser desenhada.

A Política de Segurança Pública no Brasil

Regina Miki 01 julho 2011

A 1a Conferência Nacional de Segurança Pública (1a Conseg), realizada em 2009, foi um marco democrático nesta área. Pela primeira vez, houve um espaço institucional de participação que reuniu sociedade civil, trabalhadores e gestores da segurança pública debatendo quais deveriam ser os princípios e as diretrizes orientadores para a política nacional. Entre os itens priorizados, estão o desarmamento, a participação social, os conselhos comunitários de segurança, a importância dos municípios como gestores da política de segurança pública, o policiamento comunitário, a valorização profissional, o enfrentamento do preconceito e o acesso à justiça.

A Parte de Baixo da Sociedade Brasileira

Jessé Souza 01 julho 2011

Os emergentes são a maior novidade econômica, social e política do Brasil na última década. Quando se chamam os emergentes de “nova classe média” está se querendo dizer que o Brasil está se tornando um país de primeiro mundo, onde as classes médias e não os pobres formam o grosso da população. Isso, infelizmente, ainda está muito longe de ser verdade. Os “batalhadores” se assemelham muito mais a uma classe trabalhadora precarizada típica do contexto social do pós-fordismo, sem direitos e garantias sociais, que trabalha de 10 a 14 horas por dia, estuda à noite e faz bicos nos fins de semana.

Socialismo, Comunismo, Corporativismo… PT!

A hipótese principal do autor é que o corporativismo e o populismo bloquearam a expansão do socialismo e do comunismo no Brasil. “Certamente, o marxismo influenciou fortemente a cultura política nacional, mas os partidos socialistas e comunistas, como organização, tiveram mais influência na intelligentsia de classe média ou de classe alta do que nas classes operárias e populares. Mas essas mesmas estruturas ajudaram a ascensão do pt, o único partido considerado de esquerda que conseguiu ter êxito eleitoral e controlar altos postos da administração pública municipal, estadual e federal.”

Direita e Esquerda na Terra de Macunaíma

Os polos esquerda-direita são a pior forma de identificar tendências políticas, exceto todas as outras. Difícil é distingui-los, como demonstra um exemplo extraído da atualidade brasileira: na última campanha presidencial, era notório, para quem estivesse minimamente familiarizado com o pensamento do candidato José Serra, que se ganhasse ele mexeria na política de juros e de câmbio, enquanto a candidata Dilma Rousseff, como representante da continuidade, manteria a política econômica ortodoxa em vigor. A primeira posição se encontra doutrinariamente mais à esquerda, a segunda mais à direita. No entanto, Serra foi tido como o candidato da direita, e Dilma, a da esquerda.

O Papel do PT e da oposição no Brasil

José Dirceu 01 julho 2011

O ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do pt critica as posições defendidas por Fernando Henrique Cardoso no artigo “O Papel da Oposição”, publicado na edição 13 desta revista. Em seu texto, José Dirceu recoloca em perspectiva alguns temas apresentados pelo ex-presidente fhc, “reparando-os, para que possamos promover os ajustes finos necessários à nossa ação política, que tem nos instrumentos de estímulo do desenvolvimento sustentável com distribuição de renda, geração de empregos e inclusão social os trampolins para o soerguimento do Brasil que sonhamos e temos a possibilidade de realizar”.

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