Expansão do bloco de países emergentes dilui a influência dos membros originais e consolida a China como hegemonia em crescente polarização com o Ocidente. Para embaixador, mudança traz riscos para o Brasil pelo anacronismo de ameaçar o não alinhamento com potências e pelo paradoxo doméstico entre democracia e autocracia
Fraturado em sua geografia e em sua sociedade, o país passou por um momento promissor no início do século, mas nos últimos anos caiu na instabilidade política com forte aumento da violência e da criminalidade. Para embaixador, eleições presidenciais podem levar ao aumento do autoritarismo como aconteceu no Brasil sob Bolsonaro
Fracasso do Brexit e derrota de populistas como Donald Trump não representaram uma derrocada da extrema-direita no mundo. Para embaixador, a resiliência dos populismos continua a ameaçar as democracias nos dois lados do Atlântico
Analistas estrangeiros dizem que países intermediários podem se aproveitar da polarização, evitar alinhamento e conseguir ampliar seu poder no cenário global. Brasil aparece listado entre os que podem ajudar a decidir o futuro da geopolítica
Guerra na Ucrânia criou uma fratura entre EUA-UE-Otan versus Rússia-China e abriu espaço para o Sul Global reeditar o modelo do não-alinhamento vigente na Guerra Fria. Para embaixador, postura do Brasil tem dupla desvantagem pela ambiguidade entre votações na ONU e declarações presidenciais e pelo distanciamento em relação aos países com perfil próximo ao seu que evitam escolher um lado no conflito
Publicação reúne oito artigos que refletem sobre temas que se estendem do atual desarranjo institucional à busca por uma agenda capaz de unir o Brasil em torno de um programa econômico factível
Desde que voltou ao poder, Lula tem procurado promover um ousado renascimento de sua política externa ativa e altiva, mas reproduzir as conquistas do Brasil de 20 anos atrás é muito mais difícil no mundo desafiador e em mudança de hoje. Para historiador, entretanto, é um erro achar que o Brasil está se afastando de seus aliados tradicionais
Cúpula expôs desafios que a ordem multilateral enfrenta e a dificuldade de formação de um consenso global em um planeta em acelerada transformação. Para embaixador, o que define a diplomacia brasileira são os interesses nacionais, e o Itamaraty acerta ao adotar uma postura neutra na crescente polarização atual
Visitas de líderes europeus à China indicam o quão importante é esse relacionamento para os países do bloco. Para professor de segurança internacional, a incapacidade da UE de assumir compromissos decisivos para reforçar a capacidade de vitória da Ucrânia é um sintoma de uma disputa mais ampla sobre qual é a visão da Europa sobre o futuro da ordem internacional e qual o papel que ela deseja desempenhar nela
Viagem de Lula à Europa colocou o avanço das negociações como uma das prioridades das relações exteriores do Brasil na tentativa de concluir o acordo ainda neste ano. Para embaixador, entretanto, ainda há detalhes a serem acertados, e a legislação europeia sobre meio ambiente ainda pode atrapalhar os entendimentos