Estados Unidos tentam reatar as relações com a China, mas, ao mesmo tempo, se preocupam com a influência chinesa em sua vizinhança. Para pesquisador e ex-funcionário do governo norte-americano, os laços com Cuba, a espionagem e as atividades militares chinesas são grandes preocupações para a segurança nacional do país
Três estudos diferentes descrevem um cenário marcado por sombras para a democracia liberal em todo o mundo enquanto apontam para a resiliência de autoritarismo. Para embaixador, mesmo que a perspectiva não permita falar em zona de conforto, há esperança de mudança, e pessimismo não significa fatalismo
Crises sobre o limite de endividamento do governo dos EUA enfraquecem a percepção de estabilidade do país internacionalmente. Para professor, entretanto, o status quo é difícil de mudar porque nenhuma organização individual ao longo da cadeia tem incentivo para trocar de moeda se outras não estiverem fazendo o mesmo
Desde que voltou ao poder, Lula tem procurado promover um ousado renascimento de sua política externa ativa e altiva, mas reproduzir as conquistas do Brasil de 20 anos atrás é muito mais difícil no mundo desafiador e em mudança de hoje. Para historiador, entretanto, é um erro achar que o Brasil está se afastando de seus aliados tradicionais
Nova abordagem aproveita momento em que nações emergentes estão mais fortes no cenário internacional e se caracteriza pela sua recusa a tomar partido em conflitos entre as grandes potências e concentração em seus próprios interesses. Para embaixador, o movimento reflete um desencanto generalizado no Sul Global com o que é conhecido como a “Ordem Internacional Liberal” existente desde a Segunda Guerra Mundial
Palco de disputas entre revolucionários e forças militares no Brasil na época da ditadura, a região amazônica hoje é foco de interesses da expansão chinesa pelo mundo, com o gigante asiático disposto a ajudar a construir a infraestrutura necessária para explorar as riquezas da área. Para professor, os comunistas chineses de hoje são muito diferentes dos do passado, e Xi Jinping sabe que mais poder político vem mais do dinheiro do que das armas
Visita do secretário de Estado americano a Pequim busca inaugurar um novo momento da relação entre os dois gigantes, diminuindo tensões e aproximando economias. Para embaixador, a disputa pela hegemonia geopolítica no século XXI continuará, mas nova tática entre as duas superpotências poderá ter desdobramentos comerciais importantes, inclusive para países como o Brasil
Indícios de uma nova ordem internacional deverão levar ainda muitos anos para se transformarem em realidade. Para embaixador, nesse cenário, é arriscado e prematuro apostar todas as fichas no declínio dos EUA e na hegemonia da China, um diagnóstico que recomenda um reexame da atual política externa brasileira
Governo tem defendido a transição para um mundo multipolar, como já fez no passado, mas estudiosos argumentam que é ilusão achar que há uma difusão total do poder unipolar dos Estados Unidos. Para pesquisador, a aposta no multilateralismo pode ser um processo positivo para o Brasil mesmo sem uma crença exagerada na multipolaridade
Cúpula expôs desafios que a ordem multilateral enfrenta e a dificuldade de formação de um consenso global em um planeta em acelerada transformação. Para embaixador, o que define a diplomacia brasileira são os interesses nacionais, e o Itamaraty acerta ao adotar uma postura neutra na crescente polarização atual