Após precisar focar a agenda do governo na defesa da democracia, aos poucos a nova administração vai retomando seus planos. O Itamaraty talvez seja o setor que mais atuou na volta à normalidade: com sua burocracia estável, funcionários de Estado e prioridades determinadas pelo presidente, Mauro Vieira passou a implementar uma série de medidas que mostraram uma reversão da política externa em diversas áreas
Apoio americano à Ucrânia após invasão russa se consolidou como um símbolo da tentativa do governo democrata em reparar as relações dos Estados Unidos com o mundo. Para professor de segurança internacional, presidente foi capaz de dar uma guinada no isolacionismo trumpista
Pesquisa indica que, apesar da percepção internacional de reviravolta no Itamaraty, a transformação da retórica da política externa durante o governo de extrema-direita não se traduziu em mudanças reais no comportamento do Brasil no mundo. Sem uma ruptura de peso, o novo governo pode ter um caminho para retomar a normalidade da posição internacional do país
O avanço técnico-científico-informacional faz com que as relações exteriores extrapolem as interações estatais. O cenário demanda das chancelarias criatividade e capacidade de inovação e deve ser visto como uma oportunidade o diplomata reafirmar sua relevância no mundo contemporâneo
A emergência do país está associada à estabilidade econômica e política. Após anos de piora da reputação internacional sob Bolsonaro, novo governo precisa superar a ameaça golpista para que o Brasil volte a construir um papel internacional importante.
Perspectiva é que a política continue polarizada, e que a administração de Lula tente equilibrar interesses do PT e de outros partidos da coalizão ao mesmo tempo em que encara dilemas sobre o controle de gastos públicos enquanto tenta entregar promessas de campanha
A determinação de Pelé em enfrentar a ditadura militar e o racismo estrutural representa o maior legado político de sua vida. Para o professor de ciências sociais José Paulo Florenzano, Pelé demonstrou que o esporte e o entretenimento não constituíam o ‘lugar natural’ do afro-brasileiro tal como fora concebido no discurso racista. Fez curso universitário, tornou-se empresário e chegou a ocupar o cargo de ministro do Esporte nos anos 1990
Estudo mostra que a Comunidade de Política Externa dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU tende a aceitar o Brasil como um país sério, importante e com voz forte em negociações internacionais somente quando isso favorece os interesses dessas nações poderosas
Pelé não era apenas um grande jogador e um embaixador maravilhoso do esporte favorito do mundo; ele era um ícone cultural. Para o professor de esportes e economia geopolítica, ele continua sendo o rosto de uma pureza no futebol que existia muito antes do dinheiro e da geopolítica global se infiltrarem no jogo
Estudo busca identificar um padrão na inserção brasileira no continente africano diante de sua histórica oscilação política a fim de ajudar o país no retorno ao continente após anos de uma diplomacia desengajada. Dados indicam a importância da recente aproximação em espaços multilaterais, como os organismos internacionais regionais