Diplomacia brasileira é tímida na condenação a Israel e se distancia da liderança que pretende exercer

The Conversation 16 junho 2025

A forma como o Brasil se colocou revela mais do que pretende esconder. É uma resposta que parece moldada para não comprometer ninguém, tampouco oferecer qualquer consequência prática. O Brasil reagiu de forma rápida, mas não ousou sair da moldura confortável das fórmulas diplomáticas genéricas. A crise, no entanto, exige bem mais que isso

Ataques de Israel ameaçam o regime iraniano e o equilíbrio regional

A ampla rejeição popular e a voz das ruas tornam a extrema direita de Netanyahu e a autocracia repressora de Khamenei dois regimes muito parecidos. Mas as semelhanças param por aí. Netanyahu foi salvo por três guerras insufladas por seu governo. Em contraste, para a República Islâmica, uma guerra direta com Israel sempre foi o grande fantasma a evitar. O desenrolar desse cenário de visões antagônicas a respeito da guerra parece desacreditar o ditado popular – quando um não quer, dois não brigam. 

Admirável mundo novo

Fausto Godoy 05 junho 2025

Em meio à atração econômica da “Nova Rota da Seda” da China e a pressão política dos EUA contra a influência de Pequim na América Latina, resta ao Brasil uma terceira via: a do “pragmatismo responsável”, do chanceler Azeredo da Silveira, a política altiva e independente que o Itamaraty adotou nos momentos mais difíceis do nosso período militar: são os nossos interesses soberanos que indicarão o melhor caminho

Brasil tem posição de liderança em tempos de múltiplas crises globais

The Conversation 03 junho 2025

No mesmo ano em que será também anfitrião da COP 30 em Belém, consolidando uma sequência inédita de liderança em fóruns multilaterais iniciada com a presidência do G20 em 2024. Esse alinhamento reforça o protagonismo diplomático brasileiro em pautas centrais como desenvolvimento, paz, clima e reforma da governança global — com a luta contra as desigualdades estruturais como eixo transversal

Cooperação dá lugar à competição geopolítica na Antártida, e Brasil pode perder espaço

The Conversation 28 maio 2025

O futuro da Antártida será definido nas próximas décadas. O Brasil está diante de uma escolha estratégica: investir e se manter protagonista, ou correr o risco de ser espectador em um processo de redefinição das regras globais

A verdadeira ameaça à Europa não é a Rússia, mas as suas divisões internas e os interesses dos EUA

The Conversation 27 maio 2025

A dependência excessiva da Europa em relação aos EUA, juntamente com suas próprias divisões políticas e econômicas, representa riscos muito mais significativos para sua sobrevivência do que qualquer ação da Rússia

Entre o alinhamento e a autonomia – A trajetória do Brasil e os desafios da crise do multilateralismo para o Sul Global 

Rafael R. Ioris 26 maio 2025

Diante da crise do multilateralismo e da crescente disputa entre grandes potências intensificada desde o início do governo de Donald Trump nos EUA, o Brasil busca equilibrar autonomia e alinhamentos estratégicos para defender seus interesses e promover a cooperação Sul-Sul. A trajetória histórica do país revela os desafios e oportunidades para potências médias em um cenário global cada vez mais fragmentado e polarizado

Brasil presidirá grupo de trabalho sobre criação do Estado palestino

Agência Brasil 21 maio 2025

Conferência da ONU sobre o tema está programada para julho

Tecnocracias da destruição – Quando a eficiência suplanta a ética na política de guerra

Regimes operam em nome da segurança, da ordem ou da soberania, mas o fazem sem espaço para deliberação, dissenso ou sensibilidade ética. A política é substituída por relatórios. A dor humana, por mapas. A vida, por indicadores. E tudo é legitimado sob o argumento da racionalidade técnica — que se torna, paradoxalmente, o véu da brutalidade

A comemoração pela vitória na Segunda Grande Guerra e o Brasil

Rubens Barbosa 02 maio 2025

Apesar de sua contribuição na Segunda Guerra, o Brasil raramente é lembrado nas celebrações da vitória. Agora, 30 anos após sua última participação, Lula vai a Moscou para a cerimônia a convite de Putin — em meio a uma guerra e a uma possível reconfiguração das alianças globais que pode redefinir o papel geopolítico do país

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