O avanço técnico-científico-informacional faz com que as relações exteriores extrapolem as interações estatais. O cenário demanda das chancelarias criatividade e capacidade de inovação e deve ser visto como uma oportunidade o diplomata reafirmar sua relevância no mundo contemporâneo
Ataques a Brasília parecem ter enfraquecido os bolsonaristas, pelo menos temporariamente, mas descartar ou minimizar sua capacidade contínua de organizar outros eventos violentos no futuro seria não apenas errado, mas perigoso, argumenta professora de relações internacionais
Os acontecimentos de 8 de janeiro colocaram de maneira dramática a necessidade de enfrentar o desafio de tentar equacionar e superar de maneira transparente o problema da militarização da política e da politização das Forças Armadas
Mesmo após a saída de Bolsonaro do poder, a politização das forças de segurança continuará existindo. Para professor de relações internacionais, “desbolsonarizar” as forças de segurança não é a questão central, e o fundamental é desmilitarizar a cidadania brasileira.
A emergência do país está associada à estabilidade econômica e política. Após anos de piora da reputação internacional sob Bolsonaro, novo governo precisa superar a ameaça golpista para que o Brasil volte a construir um papel internacional importante.
A democracia é fundamental para o exercício de uma política externa bem-sucedida, mas desde 2016 vê-se o aprofundamento da erosão do controle civil sobre os militares no Brasil. Para professora de relações internacionais, é imperativo que o novo governo atente para este fenômeno em defesa da reputação brasileira no exterior e da qualidade de vida da população
Terrorismo não é um adjetivo, é uma classificação política. Para cientista política, mobilizar as palavras terrorismo e terrorista coloca em jogo mais do que a tipificação penal e faz perder de vista o que se combate: o golpismo de orientação fascista
Ataques golpistas em Brasília indicam que o país está em uma encruzilhada após quatro anos de retrocesso democrático sob Bolsonaro. Em entrevista, o historiador Rafael Ioris diz que houve uma tentativa de golpe no Brasil, mas que o país pode estar vivendo um ponto de virada, mas que será fundamental que Lula tenha a capacidade de lidar com os elementos antidemocráticos entre os militares
Perspectiva é que a política continue polarizada, e que a administração de Lula tente equilibrar interesses do PT e de outros partidos da coalizão ao mesmo tempo em que encara dilemas sobre o controle de gastos públicos enquanto tenta entregar promessas de campanha
Semana encerrada em 1º de janeiro registrou a morte do “rei” e a mudança de governo, o que gerou o terceiro maior número de menções ao Brasil na imprensa internacional e a segunda maior proporção de textos com teor favorável ao país