Apresentação
A reinvenção do Brasil se faz necessária em 2023. São inúmeras as contingências e desafios. A atual edição faz reflexões sobre o futuro que nos espera frente ao complexo e difícil cenário eleitoral e diante de um mundo em recuperação econômica pós-pandemia e vivendo uma guerra em plena Europa. No Brasil, em razão de medidas inconsequentes, eleitoreiras e sem lastro técnico, as contas públicas preocupam assim como a busca de equilíbrio na relação Executivo/Congresso, consagrando protocolos de governabilidade. Não é tarefa simples, mas possível se guiada por propósitos de grandeza política, como trata a atual edição.
Questões que permanecem relevantes por projetarem uma sombra sobre a vida democrática nacional, caso da polarização, autoritarismo e conflito interinstitucional, alimentados pelas disputas no meio digital, são tema da Revista, assim como o futuro verde para o Brasil. Seremos um farol do mundo nessa ordem que ainda se desenha em defesa da economia sustentável? Seremos respeitados após a degradação da imagem do país, hoje associada à devastação ambiental, ao recrudescimento da fome e à violência. Todos assuntos que estarão no centro de qualquer projeto político de recuperação do país na virada do ano.
Nas relações internacionais, por onde andará o Brasil? Avançam entendimentos sobre qual seria a ideologia de Putin que indica ver a Rússia como centro da civilização global, como trata um dos artigos aqui publicados. E qual o futuro que se deve esperar do Mercosul que acaba de completar 30 anos e, desde sua criação, desempenha papel de dinamização econômico-comercial, contribuindo para assentar a democracia no subcontinente. A boa notícia está na promissora conclusão do acordo Mercosul-Singapura, em fase de revisão jurídica. Singapura é o 6o destino das exportações brasileiras.
O papel em defesa de princípios nas Academias de Letras, diante das transformações da sociedade, e algumas reflexões sobre o contexto do bicentenário da Independência completam a publicação deste trimestre.
Boa leitura!