Implementação de uma política externa conservadora mostrou que as tradições diplomáticas podem ser rompidas e que pode haver uma descontinuidade na posição do país perante o mundo. Para a professora de relações internacionais da PUC-Rio, isso vai afetar a confiança internacional no país, mas o Brasil ainda tem o potencial de exercer um papel de liderança global
Presidente eleito deve ter uma ação mais engajada retórica e diplomaticamente, mas o contexto internacional de competição entre grandes potências vai ser um desafio para a ambição de inserir o país em questões globais, avalia o professor de relações internacionais na University of West Florida.
Série de reportagens, artigos e textos editoriais elogiosos ao resultado das eleições e ao político brasileiro em todos os veículos analisados ampliaram a cobertura favorável ao país. Tom positivo se refletiu na comemoração ao fim de variados problemas que costumam ser associados ao governo de Jair Bolsonaro, como a questão ambiental e da democracia
Novo governo assume após ‘hiato’ da diplomacia brasileira e vai enfrentar contexto global complicado por guerra na Europa e disputas entre EUA e China. Para o professor de relações internacionais na Universidade de Carleton, no Canadá, o Brasil pode voltar a trabalhar para assumir um papel de liderança do Sul Global para ganhar voz internacional e ajudar a promover o desenvolvimento interno
Governo americano enfrenta um desafio duplo na tentativa de contrabalancear a força russa na Europa e chinesa na América Latina. Em artigo, os pesquisadores Jose Caballero e Arturo Bris alegam que o país precisa se aliar a vizinhos próximos e reforçar suas relações com nações-chave como México, Brasil e Argentina a fim de fortalecer as instituições democráticas e fornecer estímulo econômico para a região
Observadores de política externa estão cada vez mais enquadrando a relação entre os EUA, de um lado, e Rússia e China, do outro, como uma “Guerra Fria” na qual os países devem escolher lados. Para o professor Gregory A. Daddis, o confronto apresentou vantagens e oportunidades para os EUA, e o país poderia admitir que realmente sente dele
O vácuo de soberania existente em partes da Amazônia e a ausência de uma política externa proativa na América do Sul abrem caminho para que iniciativas novas, como o convite colombiano para que Otan e EUA atuem na região da floresta, preencham o vazio deixado pela omissão voluntária da maior nação do subcontinente
Oscilações comerciais sino-estadunidenses não parecem ter causado um desvio de comércio que tenha influenciado direta e negativamente o comércio sino-brasileiro de óleo cru. Movimentos recentes de empresas chinesas reforçam a tese de que o Brasil se tornou um dos portos seguros para receber investimentos de petroleiros chinesas
Sem precursores nem veleidades teóricas, ‘O Brazil é um país sério?’ funda literatura sobre a trajetória de nossa reputação. Por meio de pílulas densas, mas de fácil digestão, o leitor é convidado a visitar o passado nacional, contado pelo olhar estrangeiro
Para historiador americano, comparação com situação dos Estados Unidos após a saída de Donald Trump do poder mostra que risco ao estado de direito continua existindo mesmo que haja uma mudança no governo brasileiro após as eleições