Apesar de EUA e UE repudiarem formalmente as declarações do presidente brasileiro, a imprensa estrangeira adotou tom favorável à tentativa brasileira de ter protagonismo internacional em defesa do fim do conflito.
A guerra na Ucrânia mostrou que o não-alinhamento continua a ser uma escolha popular, apesar dos apelos pelo apoio a outra democracia sob ataque. Essa política tem sido um elemento importante da identidade política de países como a Índia, o Brasil e a África do Sul. Para economista, incentivos econômicos e políticos específicos que são influentes quando os países decidem não condenar a Rússia
Os arroubos verbais do presidente transformam situações que poderiam ser vistas como sucesso em atritos desnecessários que prejudicam a própria ambição de Lula de ter um papel de maior visibilidade e influência nas questões geopolíticas mais relevantes. Para embaixador, aparenta haver um esvaziamento problemático do Itamaraty, mas as declarações até agora não devem ter consequências práticas contra o país
Presidente brasileiro tem sido criticado por salientar o compartilhamento da culpa –e da responsabilidade– entre os dois países vizinhos na guerra. Para embaixador, nas relações internacionais nada é preto ou branco absoluto e, apesar de o conflito ocorrer longe da realidade brasileira, pode haver sentido em ver influência da aproximação entre Ucrânia e Otan na tragédia que ocorre na Europa
Perspectiva de desaceleração global e de crises econômicas por todo o mundo, bem como aumento da tensão política entre os Estados Unidos, a Rússia e a China, marcam as tensões no planeta. Enquanto a União Europeia prevê abrir mercados de compras públicas de outros países e aplicar medidas unilaterais restritivas, o Brasil também pode examinar ações de defesa comercial para se proteger de coerção externa
Viagem do chinês à Rússia foi uma contundente afirmação de seu apoio a Vladimir Putin em um momento crítico da guerra na Ucrânia, lembrando ao mundo que o eixo sino-russo é sólido. Para especialista, entretanto, a aliança também é marcada por desconfiança recíproca, rivalidade aberta e até competição acirrada
Um ano depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, é preciso analisar o que levou ao ataque e buscar entender os caminhos para o fim do conflito
Documento menciona itens de claro interesse da China e também reitera pedido de que ambos os lados retomem o processo de negociações visando a paz. Embora possa ser vista como uma contribuição ao esforço para criar condições para a retomada das conversações, proposta não terá impacto no contexto do prolongamento do conflito, pois trata apenas indiretamente dos temas mais sensíveis de interesse dos dois lados.
Piada desenvolvida por ferramenta de inteligência artificial revela a percepção externa de que o país não tem relevância no tabuleiro da política internacional. Estudo sobre o status do Brasil mostra, entretanto, que o ‘peão’ pode ter relevância no xadrez global, e que a metáfora pode ajudar o país a construir estratégias para buscar a sua promoção a um ator de maior prestígio
Governo retomou a histórica ambição de colocar o Brasil no centro das grandes decisões geopolíticas, mas a imparcialidade tradicional do país em disputas internacionais como a invasão da Ucrânia pode atrapalhar seus planos. Para observadores externos, potências precisam estar prontas para tomar partido, e o Brasil parece querer ser líder sem assumir responsabilidade por grandes decisões