Apoio político à denúncia contra Israel inova e tem relevância para a discussão sobre o status internacional do país. Postura faz com que o Brasil deixe de lado a histórica neutralidade que afeta sua busca por prestígio e leva à declaração surpreendente de que o país não quer ser ‘mediador universal’
Esforços diplomáticos estão fracassando, impotentes diante dos interesses políticos, econômicos e militares de um número crescente de países. Para embaixador, situação global de 2024 cria incertezas para a vida normal nos países afetados, desorganiza o tráfego marítimo e os mercados agrícolas e de energia
Após um ano violento no cenário global, o foco na Ucrânia e em Gaza deixaram outros países fora do radar de muitas pessoas. Porém, algumas nações estão lidando com uma agitação latente que pode entrar em erupção em 2024 e chamar a atenção do mundo
Embora de difícil concretização, o modelo de dois Estados é o único capaz de trazer paz duradoura para a dividida sociedade israelense e alívio prolongado para o sofrido povo palestino. Para embaixador, apesar dos obstáculos e enigmas, a solução ganha momento no plano internacional
Conflito amplia tensão regional e se torna uma prioridade para o governo americano. Para embaixador, entretanto, os EUA aparentemente estão chegando ao limite de tolerância em relação à ação militar contra o Hamas
Visto tradicionalmente como país que não toma decisões e fica em cima do muro, o Brasil não é reconhecido como ator importante nas grandes questões globais. Em novo contexto de tensão internacional, país pode aproveitar a liderança na principal instituição da ONU para mudar sua imagem e se mostrar relevante para a segurança global
Sem um fim à vista para o sofrimento causado pelo bloqueio, parece que o Hamas decidiu romper o status quo em um ataque surpresa contra israelenses, inclusive civis. Os ataques aéreos de represália de Israel e a imposição de um “cerco completo” à faixa de separação causaram ainda mais sofrimento aos cidadãos comuns de Gaza.
Todas as vezes que o Hamas lançou foguetes contra Israel ou se envolveu em provocações semelhantes, sofreu forte retaliação de Israel na forma de grandes bombardeios na Faixa de Gaza. O Hamas, no entanto, parece considerar isso como um custo de fazer negócios
Israel corre o risco de ser arrastado para um conflito sangrento e prolongado, no qual suas tropas tenham que ir de porta em porta à procura de agentes do Hamas. Isso resultaria em centenas, se não milhares de mortes, e faria exatamente o que o Hamas e o Hezbollah querem, transformando-os nos únicos e verdadeiros defensores da Palestina aos olhos de seu povo.
A atual rodada de violência mal começou, mas pode acabar sendo a mais sangrenta em décadas – talvez desde a guerra entre Israel e os palestinos no Líbano na década de 1980