O fortalecimento da esquerda sul-americana abre uma nova página na geopolítica do clima. Com a proposta de um fundo multilateral para a Amazônia, renasce um princípio que oferece conteúdo efetivo à ideia de justiça climática. Para cientista político, tal abordagem diplomática provavelmente dará ainda mais credibilidade às propostas feitas nesta área a partir do Sul global
Ao contrário de seus dois primeiros mandatos, quando os mercados interno e externo ajudaram a economia, Lula agora enfrenta fortes ventos contrários no país e no exterior – e isso significa que políticas sólidas são ainda mais importantes desta vez. Para pesquisadores, não será fácil para Lula cumprir suas promessas econômicas
Assinado em 2019, o Acordo Continental Africano de Livre Comércio (AfCFTA) busca criar um mercado continental e aperfeiçoar a competitividade da indústria de países com 1,2 bilhão de habitantes e PIB superior a US$ 3,4 trilhões. Para diplomata, entretanto, faltam iniciativas brasileiras para explorar as oportunidades de intercâmbio e cooperação com a África neste seu esforço de transformação
Novo estudo mostra que as relações do Brasil com a América do Sul foram um dos pontos mais abalados pela guinada diplomática imposta por Bolsonaro, mudando o padrão das relações do país com seus vizinhos e tirando a região da lista de prioridades da sua política externa. Lula começa seu mandato reforçando a importância da integração e da cooperação regional com foco em fortalecer os laços no continente e impulsionar o país a ter protagonismo global
Política externa do novo governo deverá resgatar o padrão exitoso do passado em relação ao meio ambiente, aos direitos humanos e à integração regional. Para diplomata, entretanto, vai enfrentar também sérios desafios e riscos da nova ordem internacional, especialmente nas relações com EUA e China, que exigirão revisão
Estudo busca identificar um padrão na inserção brasileira no continente africano diante de sua histórica oscilação política a fim de ajudar o país no retorno ao continente após anos de uma diplomacia desengajada. Dados indicam a importância da recente aproximação em espaços multilaterais, como os organismos internacionais regionais
Xi Jinping se reuniu com mais de 20 chefes de governo estrangeiros em 2022, enquanto os Estados Unidos pressionam contra aproximação de países da Europa com a China. Para o professor Stefan Wolff, há uma indefinição entre governos europeus e até mesmo disputas dentro de cada país sobre o tipo de ligação que devem ter com Pequim
O novo governo brasileiro que se inicia em 2023 enfrentará enormes desafios políticos, econômicos, em várias áreas, incluindo na política externa. Um dos quadros mais complexos a serem resolvidos diz respeito a questões complicadas de políticas pendentes no âmbito do Mercosul
Diplomacia de Bolsonaro afetou a imagem do país como um parceiro estável e confiável na política global, segundo o professor de relações internacionais. Apesar do contexto global desafiador, ele alega que a política de combate ao aquecimento global se tornou uma prioridade no mundo e pode servir como plataforma para o país buscar uma posição de prestígio
Implementação de uma política externa conservadora mostrou que as tradições diplomáticas podem ser rompidas e que pode haver uma descontinuidade na posição do país perante o mundo. Para a professora de relações internacionais da PUC-Rio, isso vai afetar a confiança internacional no país, mas o Brasil ainda tem o potencial de exercer um papel de liderança global