Criticado por repetir políticas do passado, o governo usa a meta de acabar com o desmatamento como novidade na sua política externa. Apesar de ser uma jogada inteligente para renovar o otimismo internacional com o país, promessa vai gerar cobranças por resultados e pode definir o legado do presidente
Mais de um ano desde o início da guerra, negociações tiveram um alcance limitado por conta da recusa ucraniana em perder território e do impasse imposto por Putin. Para diplomata, mesmo que a paz pareça distante, é preciso se preparar para discutir o fim do conflito
Encontro que buscava integração da região terminou ofuscado por uma discussão ideológica divisiva e sem perspectiva de ampliar a articulação entre os países. Para embaixador, após destaque exagerado dado à Venezuela e ao apoio a Maduro, a ideia da união e da reconstrução na política externa ficou tão difícil quanto a união e a reconstrução no âmbito doméstico
Governo tem defendido a transição para um mundo multipolar, como já fez no passado, mas estudiosos argumentam que é ilusão achar que há uma difusão total do poder unipolar dos Estados Unidos. Para pesquisador, a aposta no multilateralismo pode ser um processo positivo para o Brasil mesmo sem uma crença exagerada na multipolaridade
Decisão que cassou o registro de deputado federal do ex-procurador gerou um grande debate jurídico e discordâncias em relação à lei ou a decisões judiciais são comuns. Para pesquisador, é questionável tecer críticas com base em argumentos meramente políticos, populistas e até antirrepublicanos que degradem tais instituições e a confiança nelas, especialmente quando encabeçadas por ex e atuais membros dessas instituições
Lula defende a proteção da Amazônia, mas o país o Brasil tem muito a perder deixando a floresta intacta e abandonando as riquezas que viriam da agricultura, mineração e empreendimentos industriais. Para professor, o mundo deveria admitir que está pedindo ao Brasil que absorva um gigantesco custo de oportunidade ao não explorar todos os seus recursos naturais e poderia ajudar a pagar por ele
Postura brasileira, antes vista como uma busca progressiva por uma política externa autônoma e assertiva, agora está sendo interpretada como divisiva, inapropriada ou mesmo uma traição. Para historiador, essa visão ignora o histórico internacional de Lula e do Brasil, pois os esforços diplomáticos do país se concentram há tempos na promoção do multilateralismo e na pressão pela resolução pacífica de conflitos
Com uma série de crises, América Latina de hoje reflete, em grande medida, transformações ocorridas três décadas atrás, com o chamado Consenso de Washington. Para embaixador, instabilidades podem fazer com que a oscilação do poder repita sua preferência pelos extremos
Cúpula expôs desafios que a ordem multilateral enfrenta e a dificuldade de formação de um consenso global em um planeta em acelerada transformação. Para embaixador, o que define a diplomacia brasileira são os interesses nacionais, e o Itamaraty acerta ao adotar uma postura neutra na crescente polarização atual
De volta à cúpula depois de 14 anos, Brasil reforçou sua postura de voltar a buscar protagonismo internacional. Para embaixador, entretanto, ataques do presidente ao grupo e seus interesses podem ter sido um erro e teriam outra abordagem, se o discurso tivesse sido feito na Casa de Rio Branco.