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ANO 7 | JUL – SET 2014

Edição 26

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Esta edição guarda semelhança com a de quatro anos atrás, na qual foram abordados os desafios do presidente da República no quadriênio 2011-2014. Na ocasião, sete conceituados jornalistas brasileiros escreveram sobre as perspectivas do governo da presidente Dilma Rousseff, que estava virtualmente eleita quando o número 11 circulou. O presidente Lula deixava o poder com a economia crescendo 7,5%, e a população se mostrava confiante no futuro. Muita coisa mudou nos últimos quatro anos, e, principalmente, de junho de 2013 para cá, pois os protestos de rua que irromperam naquela ocasião marcaram profundamente a vida da nação. É sobre as mudanças ocorridas, o humor dos brasileiros – diante de problemas vividos no dia a dia em matéria de saúde, educação, transporte e segurança –, os desafios e as perspectivas para além de 2015 que trata este número 26. O artigo de abertura é da jornalista Eliane Cantanhêde, colunista da Folha de S. Paulo e profunda conhecedora dos mecanismos de poder e de como funciona a política em Brasília e nas capitais dos estados. A ela o Conselho Editorial confiou a missão de realizar uma releitura dos artigos dos sete jornalistas que escreveram na edição 11 (outubro-dezembro de 2010). Nos outros sete artigos deste número, qualificados especialistas analisam os desafios do presidente a ser escolhido em outubro.


Desafios na área econômica, em comércio exterior, política externa, direitos humanos, segurança, questões socioeconômicas e de meio ambiente e sustentabilidade. O fio da meada das análises que o leitor encontrará nas próximas páginas são as manifestações populares que ninguém foi capaz de prever. “A novidade dos protestos foi um aviso, uma advertência, para todo tipo de governante. Nesse contexto, e num país onde o presidencialismo é tão forte, a principal vítima política acabou sendo a presidente da República, que simplesmente despencou nas pesquisas”, escreve Cantanhêde. Junho de 2013 deixou como sequelas a facilidade de fazer greves, inclusive no serviço público e até mesmo nas polícias, e a capacidade de mobilização das mais diferentes categorias de profissionais e de cidadãos. De acordo com a professora de Ciência Política da USP, Marta Arretche, “as manifestações a que assistimos são parcialmente explicadas pela expressiva ampliação do número absoluto de indivíduos mais escolarizados, mais exigentes e com mais recursos para participar politicamente”. Enfrentar a gravidade e a extensão de nossos problemas nas áreas de segurança pública e infraestrutura urbana requer igualmente grandes aportes de recursos e políticas estáveis e sustentadas de longo prazo, diz a autora. Há um consenso de que alguns dos principais desafios da próxima administração será reduzir as taxas de inflação, fazer a economia crescer por meio de mais investimentos e produtividade.

Confira os artigos desta edição

Edição 26

Numa manhã de março deste ano, policiais militares flagraram o jovem Luan, de 16 anos, roubando um caminhão na zona leste de São Paulo. Quando o garoto viu as luzes piscando e ouviu as sirenes, desceu correndo para tentar fugir e entrar no mercadinho do pai, que ficava nas redondezas. Na perseguição, minutos depois, ele foi localizado pelos policiais, que correram até o comércio para detê-lo.
Tem toda a pertinência indagar, sob o prisma prático, como essa projeção crescente dos direitos humanos converte-se em norma e ação e que tipo e condição de efetividade alcança na vida real. Tentar uma singela resposta é procurar, antes de tudo, saber como nascem os direitos humanos. A meu ver, o direito humano nasce da indignação.
O Brasil teve, ao longo de 16 anos con secutivos, presidentes da República com gosto por política externa e com - visões claras e determinadas para o país no cenário mundial. Cada um a seu modo e ambos sujeitos a críticas, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva conduziram as rela- ções internacionais do Brasil dentro dos cânones do Itamaraty, que perduram há mais de um século, e foram capazes, graças às suas características individuais e à ousadia de suas propostas, de elevar a projeção geopolítica do país a patamares sem precedentes.
Em 2010, a revista The Economist apontou o Brasil em matéria de capa, na qual louvava o bom desempenho da economia e as perspectivas positivas que se abriam para o país. Três anos depois, a revista publicou reportagem argumentando que a economia desandara, pedindo a cabeça do ministro da Fazenda. Não é difícil ver por que a revista mudou tão radicalmente de ideia.
A década de 1990 foi determinante para a projeção política da temática ambiental. A partir do debate internacional sobre a sustentabilidade do desenvolvimento e do crescimento econômico e da discussão sobre os impactos das atividades humanas no meio ambiente, o provável comprometimento ambiental do Planeta ganhou importância global. A Conferência Rio 92 estabeleceu as novas bases do diálogo e da cooperação entre os países e da mobilização e engajamento da sociedade civil.
O objetivo deste artigo é analisar as prin cipais opções de política econômica disponíveis para o próximo governo e - avaliar as possibilidades de sua efetivação. A discussão foi dividida em dois períodos: o primeiro compreende o ano de 2015, que pode ser caracterizado como o de resgate da credibilidade da política macroeconômica e pela redução do “microgerenciamento”, duas transformações que mudaram o modelo da política econômica brasileira nos últimos seis anos.
Junho de 2013 parece ter inaugurado um no vo cenário na história recente da democra cia brasileira. Manifestações populares pas-saram a ter presença regular na cena política. Ainda que as grandes manifestações de junho tenham sido substituídas por uma miríade de demonstrações de pequena escala, o protesto público assumiu formato bem mais generalizado do que até então.
No mesmo dia, 25 de maio de 2014, um domingo, e no mesmo jornal, a “Folha de S. Paulo”, mas em artigos diferentes, os economistas Henrique Meirelles, Armí- nio Fraga e Marcos Lisboa coincidiram no diagnóstico: esgotado o ciclo da estabilidade, deflagrado por Fernando Henrique Cardoso, e da expansão do consumo, marca do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o grande desafio do Brasil é a produtividade da economia. Nenhum dos três diz com toda a clareza, mas a conclusão óbvia, linear, é que a presidente Dilma Rousseff chega ao final do seu mandato sem dar respostas ao principal desafio do país.

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